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Agricultor segurando cesta com legumes

O COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NAS EMPRESAS 

22 de Abril de 2024

A cada ano, um terço dos alimentos produzidos no planeta para consumo é desperdiçado, revelou um recente estudo divulgado pela ONU (Organizações das Nações Unidas). De acordo com o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 (Food Waste Index Report), isso significa que o mundo joga fora um bilhão de refeições por dia. O número é alarmante, especialmente quando as pesquisas revelam, ainda, que quase 800 milhões de pessoas são afetadas pela fome. Além deste desafio no aspecto social, o desperdício de alimentos representa riscos ao meio ambiente e ao desenvolvimento econômico.

Devido aos problemas que o desperdício de alimentos gera na sociedade em todo planeta, em 2015, a ONU estabeleceu algumas metas de redução para os países: até 2030, o mundo deve acabar com a fome, reduzir desperdícios, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição, e promover a agricultura sustentável. A iniciativa faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também conhecidos por ODS, e é de extrema importância para ajudar a garantir à humanidade o acesso saudável e suficiente a alimentos nutritivos por todos os anos.  

As estratégias de sustentabilidade que miram a meta do ODS, que são abrangentes e globais, podem ser complementares às iniciativas ESG, fortalecendo a capacidade das empresas de contribuírem para melhorar o desenvolvimento social no mundo. 

O desafio de reduzir os desperdícios de alimentos e a relação com o ESG

O debate sobre o desperdício de alimentos e a responsabilidade das empresas passa por diversas questões no tema da sustentabilidade: iniciativas de redução de desperdícios, gestão de resíduos e de recursos, conscientização das pessoas, entre outros pontos. Um dos mais importantes deles é a relação destas iniciativas com o ESG (Ambiental, Social e Governança): as ações podem enfatizar a relevância da sustentabilidade e da responsabilidade social nas organizações. Conforme um levantamento da Amcham (Câmera Americana de Comércio) com a consultoria Humanizadas, 47% das organizações no Brasil já implementam práticas ESG e 31% planejam seguir esse caminho, ou seja, as empresas estão cada vez mais interessadas na importância do ESG para os seus negócios.

E como o desperdício de alimentos se relaciona com o ESG? No aspecto ambiental, combater o desperdício de alimentos impacta na redução da emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o relatório da ONU, a emissão gerada pela perda de alimentos varia entre 8% e 10%, quase cinco vezes a mais do que as emissões do setor de aviação. Um impacto positivo de ter uma gestão de sistema de prevenção do desperdício de alimentos está na redução de resíduos que chegam aos aterros sanitários, diminuindo a formação de “lixões”, situação em que a decomposição resulta em gás metano, potente gás de efeito estufa.

Ao olhar a questão pelo viés dos impactos sociais, reduzir o desperdício de forma sistemática contribui para a segurança alimentar, já que é possível redirecionar alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade. Vigente desde junho de 2020, a lei 14.016 autoriza os estabelecimentos que produzem ou fornecem alimentos (in natura, industrializados e refeições prontas) a realizar a doação do que não foi vendido. Esse é um exemplo de iniciativa para auxiliar na redução do avanço da fome.  

Neste cenário, o pilar da governança passa pela importância de as empresas terem políticas e práticas que garantam sua responsabilidade na transparência de processos e operações. Além de implementar estratégias eficazes para reduzir o desperdício de alimentos, é essencial ter clareza ao comunicar esses esforços a todas as partes interessadas. Dependendo do setor de atuação da organização, esse quesito pode incluir o cumprimento de normas e legislações específicas.  

Como as organizações podem atuar com eficiência na redução de desperdício de alimentos

Independentemente da área de atuação ou porte de uma empresa, um ponto de partida interessante para contribuir com a resolução do problema está em ter um eficaz sistema de gestão de prevenção do desperdício de alimentos. Ter um conjunto de políticas estruturado reflete credibilidade e confiança aos consumidores, parceiros de negócios, investidores, e toda a cadeia de valor da organização.

Isso é possível porque os sistemas de gestão voltados a combater o desperdício de alimentos possuem características fundamentais para garantir a credibilidade nos processos. Por exemplo: avaliações, auditorias, monitoramento, treinamentos, revisão e atualização de processos, análise e trabalho em conjunto com a cadeia de abastecimento, relatórios, planos de ação, melhorias contínuas, entre outros. Em muitos casos, as empresas já possuem iniciativas pontuais ou isoladas relacionadas ao combate ao desperdício e ter um sistema estruturado pode contribuir com a consolidação destas práticas.


Um sistema eficiente contribui, ainda, para otimização de custos operacionais, abre portas para novas oportunidades em inovação e novos negócios, e destaca uma importante vantagem competitiva, colocando a organização como uma empresa ativa em práticas ambientais e de responsabilidade social.

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